O defensor geral do Estado, Aldy Mello de Araújo Filho, esteve, na última quarta-feira, na Vila Geniparana, nas proximidades da Cidade Operária, onde participou de reunião promovida pela Associação de Moradores local. O objetivo foi discutir as responsabilidades do acompanhamento técnico e manutenção do poço artesiano, construído pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp).

O poço abastece 1800 famílias e a água está sob suspeita de contaminação. Também participaram das discussões representantes do poder estadual e municipal, da Polícia Militar do Maranhão, do legislativo municipal, representado pela vereadora Rose Sales, e o presidente da Sociedade Maranhense de Defesa da Natureza, José Machado de Jesus. A presidente da Associação, Ana Cristina Lira, informou que após uma família ter sido acometida por problemas intestinais graves, uma amostra da água, coletada pela própria comunidade, foi levada para análise laboratorial, na Universidade Federal do Maranhão. De acordo com o laudo, a água está contaminada, imprópria para o uso, inclusive para o banho.

O laudo da UFMA está em desacordo com o resultado de análise realizada, posteriormente, pela Vigilância Ambiental, da Secretária Municipal de Saúde (Semus). Segundo técnicos da Semus, a água não apresentou nenhuma impureza, estando, portanto, própria para o consumo humano. Eles disseram que a forma de coleta do material analisado pela universidade pode ter comprometido o resultado. “Diante do impasse, a Defensoria se compromete em oficiar à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos para que preste informações, no prazo de 10 dias, sobre os fatos apresentados pela comunidade, especialmente no que se refere à manutenção do poço artesiano que abastece a vila. A partir das informações prestadas, iremos instaurar o procedimento administrativo ou judicial pertinente”, garantiu o defensor geral.