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A Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA) será parceira do Movimento Mulheres de Axé do Brasil - MAB/Núcleo Maranhão na promoção de uma campanha que visa ao combate à pobreza menstrual no estado. A proposta é que sejam montados postos de arrecadação de absorventes e outros produtos de higiene em todas as unidades da DPE, na capital e no interior.
A parceria foi firmada em reunião realizada no último dia 24. O subdefensor-geral do Estado, Gabriel Furtado, a diretora da Escola Superior da DPE, a defensora pública Cristiane Marques, e a ouvidora-geral da DPE, Fabíola Diniz, reuniram-se com os representantes do movimento Ana Rosa Silva, Cláudia Gouveia, Meire Rabelo e Ethinalia Soares.
Na ocasião, o MAB destacou os dados alarmantes que envolvem a pobreza menstrual no país e relataram um pouco do cenário na capital maranhense. Uma em cada dez meninas no mundo deixam de ir à escola quando estão menstruadas. No Brasil, estima-se que seja uma em cada quatro. A falta de condição financeira para comprar absorventes e ausência de estruturas sanitárias estão entre as causas do problema.
Ainda de acordo com as representantes do movimento, hoje há 17 pontos de arrecadação de absorventes. Com a parceria da Defensoria, o recolhimento dos produtos será potencializado com a instalação de mais 50 pontos, onde as pessoas poderão entregar suas doações, que beneficiarão estudantes da rede pública de ensino e mulheres do cárcere, também gravemente afetadas por essa violação de direitos.
De acordo com o subdefensor, a pobreza menstrual pode ser entendida como questão de direitos humanos e atuação da Defensoria é essencial. “Num país onde não há políticas públicas eficazes para garantir a dignidade a meninas e mulheres no período menstrual, é fundamental que uma instituição como a Defensoria Pública alie-se a movimentos como este. Empregaremos todos os esforços para contribuir com essa causa, que é tão importante”, disse Gabriel Furtado.
Para a diretora da Escola Superior da DPE, a atuação da Defensoria contribuirá para a visibilidade da pauta. “Ter o absorvente e outros produtos para higiene é uma questão de dignidade. Mas, por ser um tema do universo feminino, acaba sendo esquecido. Com a parceria da Defensoria Pública, fomentaremos esse debate e estaremos atuando também na educação, dando condições para evitar a evasão escolar”, pontuou.
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