O defensor público Cosmo Sobral, titular do núcleo de defesa da saúde, e a promotora de Justiça Elisabeth Albuquerque, da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de São Luís, fizeram a vistoria no Hospital da Mulher, da rede municipal, e verificaram que, na unidade, o atendimento é exclusivo a casos de Covid-19.

A segunda vistoria foi no HUUFMA, onde o defensor e a promotora foram recebidos pela coordenação.

A equipe técnica que atua na regulação da Secretaria de Estado da Saúde fez a verificação dos leitos para identificar quais, efetivamente, estão destinados ao atendimento de casos de Covid-19.

Os dados coletados nas duas unidades serão condensados e analisados nas próximas horas. Com a análise concluída, será produzido um relatório em conjunto entre DPE e MP. A previsão é de que o documento seja entregue ao Governo do Maranhão até o início da tarde desta sexta-feira (28).

Colapso

Mais cedo, no início da tarde desta quinta-feira, o defensor público-geral, Alberto Bastos, esteve na sede da Procuradoria Geral de Justiça, onde, ao lado do procurador-geral, Eduardo Nicolau, participou de uma reunião virtual com o reitor da Universidade Federal do Maranhão, Natalino Salgado, que responde pelo Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD/UFMA).

No encontro, também estavam os representantes do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública da União.

Em conjunto, os órgãos requisitaram do HU um aumento da oferta de leitos de UTI destinados ao tratamento de pacientes com Covid-19. Atualmente, o Hospital Universitário dispõe de 20 leitos específicos para casos da doença. A solicitação de deu em razão de, no ano passado, no auge da primeira onda da pandemia, o HUUFMA ter disponibilizado 40 vagas.

Diante do pedido das instituições, o reitor Natalino Salgado informou que fará uma consulta à equipe técnica da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que administra o HU, para averiguar a possibilidade de expandir a oferta. A expectativa é de que o reitor da UFMA dê um retorno sobre a solicitação já nesta sexta-feira (28).

“Estamos chegando a um colapso. Para se ter uma ideia, até a noite de quarta-feira (26), só havia 8 leitos de UTI disponíveis para pacientes de Covid-19 na capital maranhense. Estamos empenhando esforços para evitar que a situação fique ainda mais caótica e a vida das pessoas fique ainda mais em risco”, enfatizou o defensor-geral, Alberto Bastos.